BADMINTON: A RAQUETE E O VOLANTE
- Ana Flávia Barros
- 24 de nov. de 2017
- 3 min de leitura
Agilidade, reflexo, velocidade, flexibilidade e resistência física são algumas das características necessárias para os praticantes desse esporte
O jogo de peteca, como é conhecido este esporte entre os brasileiros, surgiu na Índia e levava o nome de poona. Badminton passou a ser referido a essa atividade na década de 1870, quando oficiais ingleses levaram esse esporte, com nova versão, para a Europa e ele foi praticado na propriedade de Badminton, na Inglaterra.
A ideia central do jogo gira em torno de não deixar a peteca cair. A prática pode ser individual (feminina e masculina) ou em dupla (feminina, masculina e mista). O jogo é dividido em três sets e realizado dentro de uma quadra, que deve ser, de preferência, fechada, pois o volante (peteca) pode ser rapidamente influenciado pelas correntes de ar.
Antes de começar a partida, os jogadores têm dois minutos para se aquecerem. Quando o jogo é individual, o time (formado por duas pessoas, uma em cada lado da rede) deve ficar na diagonal. Quando o jogo é com duplas, cada jogador pode se posicionar livremente, desde que não bloqueie a visão do outro.
A quadra varia de acordo com os jogos. Por exemplo, se for individual, também chamado de jogo simples, o sacador tem mais profundidade da quadra, enquanto com as duplas, o campo maior é o lateral.

Veja abaixo os materiais necessários para o jogo e os três principais saques:

O árbitro fica responsável por verificar o cumprimento das leis do jogo junto com o juiz de serviço, que observa as faltas cometidas pelos jogadores, e o juiz de linha, que analisa o trajeto do volante durante o jogo. De acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o badminton é o segundo esporte mais praticado no mundo, perdendo apenas para o futebol. Isso porque ele é muito comum nos países asiáticos.

“Hobby, trabalho, qualidade de vida e ferramenta para ensinar e ajudar pessoas”, isso é o que significa o badminton para Daniel Menezes, professor de Educação Física, integrante da Federação Pernambucana de Badminton (FPBd) e praticante do esporte. A experiência do pai fez Daniel se interessar por essa atividade. “Meu pai viajou para uma olimpíada a uns 10 anos atrás e conheceu o badminton. Depois disso nós procuramos um local que havia praticantes aqui no Recife”.
Para Daniel, a inclusão social e a qualidade de vida são as principais características dessa atividade. “A melhor experiência foi à oportunidade de acompanhar de perto a inclusão de pessoas deficientes, com alto rendimento, que almejava e buscava alcançar seus objetivos”, ressalta. Ele lembra também da extensão desse esporte no estado de Pernambuco, principalmente nas cidades do interior, que há pouco tempo era desconhecido pela população.

“Umas das melhores experiências foi participar das olimpíadas Rio 2016 como juiz de badminton”, comenta Carlos Victhor, professor de Educação Física e juiz de linha do badminton nas Olimpíadas Rio 2016. Ele conheceu o esporte em 2008 na Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco (ESEF/UPE) e começou a jogar, sempre se esforçando mais e mais. “Hoje ele (o badminton) faz parte da minha profissão e da minha vida”, destaca.
De acordo com Carlos, o dinamismo, a velocidade e a superação são características importantes para os jogadores desse esporte, que não chegam nem perto de conquistar a fama do futebol em Pernambuco. “Ainda não é a hora de dizer que esse esporte é popular no nosso estado. A cultura é muito baseada somente no futebol e, além disso, muitos veem o badminton apenas como uma brincadeira”.
A Federação Mundial de Badminton (BWF), antigamente chamada de Federação Internacional de Badminton (IBF), conta atualmente com mais de 130 países-membros, grande avanço comparado a 1934, ano que surgiu, com apenas 09 países. A Federação é responsável pela elaboração de competições ao redor do mundo.
No Brasil, a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) foi criada por meio da Fundação da Federação Paulista, em 1988, sendo a primeira organização do esporte no país. Após o desenvolvimento da federação de Santa Catarina e Brasília, a CBBd foi desenvolvida.
O badminton começou a participar das Olimpíadas no ano de 1992, em Barcelona. No Brasil, esse esporte começou a ser praticado em competições a partir de 1983, na edição da Taça de São Paulo. Nenhum brasileiro havia disputado nesta modalidade nas olimpíadas e sua estreia foi no ano passado, nas Olimpíadas Rio 2016.

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