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"SOMOS TREINADOS PARA SABER O QUE FAZER"

  • Manuella Correia
  • 27 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Devido aos altos índices de violência, tornou-se comum pessoas que procuram no esporte uma alternativa de autodefesa

Provavelmente você conhece alguém que deixou de frequentar determinado lugar por medo de assalto. Provavelmente você também conhece alguém que anda com dois celulares da bolsa pra, em casos de assalto, não perder seu aparelho novo que “ainda está pagando”. Infelizmente precisamos, cada vez mais, nos isolarmos devido à realidade que nos cerca: nos últimos anos, houve um crescimento absurdo dos índices de violência em Pernambuco. Toda semana nos deparamos com notícias de assalto à ônibus, casos de homicídio e crimes que jamais imaginaríamos. Uma rápida pesquisa no Google nos revela esta intrigante realidade:

Diante disto, algumas pessoas encontram no esporte uma alternativa para preparar seu corpo e saber defender-se em situações de risco. Provavelmente você conhece alguém que pratica alguma luta ou que, no mínimo, já pensou em praticar para saber se defender. “O aumento da violência nas escolas e nas ruas tem reverberado no crescimento de atletas em academias. A maior parte dessas pessoas buscam o esporte como forma de precaução, buscam para aprender a se defender”, diz o lutador e professor de Taekwondo, Jonas Lima, “Hoje em dia, percebemos que esportes de luta vem ganhando uma visibilidade nacional por suas defesas e pelo autocontrole dos atletas das modalidades. Mas, por mais que as técnicas de defesa pessoal sejam ensinadas, o aconselhado é sempre evitar qualquer ato de violência”, explica.

O lutador e também professor de Taekwondo, Davi Fideles, segue esta mesma filosofia e esclarece: “Nós aprendemos e ensinamos que em caso de assalto não devemos reagir. Porém, quando nossa vida está em risco, somos treinados para saber o que fazer. É fundamental aprender a se proteger nesse mundo violento em que vivemos, mas nossa vida é mais importante que qualquer bem material por isso o ideal é não reagir”.

Nesta busca por estes treinamentos de proteção pessoal, as mulheres ocupam uma grande parcela, pois os dados e estatísticas sobre violência contra a mulher são alarmantes e as levam a procurar alguma alternativa de defesa. Assim como nos outros, diante dessa situação, o ideal é saber reagir com sabedoria, evitando a violência e desarmando o "adversário". Em setembro deste ano, o Ministério do Esporte e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) firmaram uma parceria para promover o ensino de técnicas de defesa pessoal para mulheres brasileiras. “Pesquisas recentes mostram que 83% das mulheres se sentem inseguras na rua. Serão técnicas de defesa pessoal para que essas mulheres possam caminhar com mais segurança”, explicou a secretária da SPM, Fátima Pelaes. (Fonte: brasil.gov.br)

A estudante Ana Medeiros faz parte deste grupo de mulheres que buscam por autodefesa: “Quando eu tinha 16 anos, pratiquei Judô e Jiu-jitsu. Comecei a praticar porque eu achava muito interessante a questão da defesa pessoal, é importante aprender a se defender de alguma forma porque você nunca sabe o que pode acontecer quando está na rua, né?”, disse,“Também já fiz uma aula experimental de Krav Magá, achei a atividade interessante. O Krav Magá ensina a desarmar uma pessoa”, lembrou a estudante.

Apesar das muitas semelhanças, é interessante pontuar que existem vários tipos de esporte de combate. Alguns aspectos específicos fazem a diferenciação entre eles. Você saberia diferenciar Esporte de combate, Arte Marcial e Defesa pessoal?

E você, já pensou em praticar alguma luta para saber agir nesse cenário de violência que nos cerca? Você, mulher, já passou por alguma situação que a fez pensar que utilizar técnicas de defesa pessoal ou praticar algum esporte de combate, seria útil? Conta pra gente!

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